Frase da semana:

"Aquele que aprende de Cristo, esvazia-se do próprio eu [...] e há silêncio na alma." (Ellen Gould White)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Meditação: "Sim, Cristo me Ama"

E que possam ser capazes de sentir e compreender, como devem todos os filhos de Deus, quão extenso, quão largo, quão profundo e quão alto é, na realidade, o Seu amor; e por si mesmos experimentar este amor, embora seja ele tão grande que vocês nunca verão o seu fim, nem o poderão conhecer ou compreender completamente. Efésios 3:18, 19, BV

Empregos desafiadores exigem caráter forte. Trabalhar com alunos que têm necessidades especiais é um desses empregos. Quando você pisa dentro da escola, essas crianças devem ser o único foco de sua atenção. Mas, para mim, foi quase impossível fazer isso numa quinta-feira. Na quarta-feira à noite, fui informada sobre uma opinião muito negativa a meu respeito na igreja, e aquilo estava me afetando, se não inibindo, meu ministério. Eu? Como podia ser? Eu havia tentado tudo o que podia para ser a cristã amorosa que Deus queria que eu fosse. A dor era quase insuportável. Eu havia considerado uma dessas acusadoras como minha confidente. Ao longo do dia, aquilo me tirou quase toda a força que eu tinha para lutar contra as lágrimas. As palavras maliciosas soavam vez após vez em minha cabeça. Cheguei quase a acreditar nelas. O desespero tomava conta de mim.

Chegou, por fim, a hora do recreio. Eu precisava muito de ar fresco e solidão. Estava sozinha – mas não realmente. Sabe, eu cuidava de uma criança autista, com graves desafios. O único momento em que o menino falava era quando alguém falava com ele, e eu não estava com vontade de falar, cantar, brincar nem fazer qualquer outra coisa que normalmente se faz no recreio. Assim, nós dois nos sentamos ali, em silêncio, um silêncio que considerei muito necessário. Mas Deus discordou. Meu menino autista quebrou o silêncio com um corinho. Devido à sua fala severamente limitada, a mensagem saiu como “Baaaaa, ba, ba, ba, ba.” Depois, silêncio outra vez. Só foram necessários poucos segundos, porém, para que eu reconhecesse a melodia. Quase como se tivesse levado uma chicotada, virei-me e gritei, incrédula: “O quê?!” Ele começou de novo: “Baaaaa, ba, ba, ba, ba. Baaaaa, ba, ba, ba, ba.” Silêncio de novo. Não consegui mais segurar as lágrimas. Cantei junto com ele: “Sim, Cristo me ama, a Bíblia assim o diz.”

Trabalho numa escola do sistema público; nunca havíamos cantado corinhos cristãos juntos. Nunca antes esse menino fizera uma apresentação musical, e nunca mais a ouvi de novo. Naquele momento, no momento em que eu mais precisava, Jesus Se aproximou e me fez saber que Ele me ama.

LaToya V. Zavala

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