Frase da semana:

"Aquele que aprende de Cristo, esvazia-se do próprio eu [...] e há silêncio na alma." (Ellen Gould White)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Meditação Diária: "Presentes “Caros” Custam Pouco"

Um presente é como pedra preciosa aos olhos de quem o recebe. 
Provérbios 17:8, versão King James

Acho que comprar algo para alguém que possui tudo o que o dinheiro pode adquirir tira o prazer de dar um presente com valor monetário. Usando um pouco de criatividade, porém, aprendi que há presentes de valor inestimável que o dinheiro não pode comprar. Cheguei à idade em que minhas necessidades e meus desejos são mínimos, porém ainda recebo presentes bem escolhidos que me dão grande prazer.

Num sábado, uma ex-aluna, agora mulher adulta, colocou o braço ao meu redor e disse: “Pensei em você ontem.” Ela trouxe para a frente o seu outro braço e me presenteou com seis flores de açafrão, suaves, aveludadas, cor de malva, com papel de seda envolvendo os caules. “Lembra-se de que eu costumava trazer-lhe estas flores todas as primaveras, quando era sua aluna?” continuou ela.
Esse gesto bondoso me deixou arrepiada. Os açafrões não eram flores silvestres na região onde cresci, de modo que essas delicadas flores, que abrem caminho pelo chão quase antes que se derreta a última neve, me intrigavam.

Outro dia, quando voltava ao carro após ter trabalhado nos arquivos da escola a manhã inteira, notei um dente-de-leão preso sob o limpador do parabrisa. Aquilo me fez sorrir. Embora os dentes-de-leão sejam ervas daninhas incômodas que procuramos controlar no gramado, essa flor amarela enfeitando o parabrisa assumiu, de repente, o valor do ouro. Ainda preciso descobrir quem foi a pessoa que praticou esse ato espontâneo. Não custou um centavo, mas continua a me fazer sorrir toda vez que vejo um dente-de-leão.

Minha irmã é especialista em fazer surpresas culinárias, de tempos em tempos. Quando volto do trabalho para casa, muitas vezes encontro biscoitos ou batatas fritas crocantes, como vovó costumava fazer, sobre o balcão da cozinha, ainda quentinhas, prontas para a hora da refeição.

Lembro-me daquele inverno em que as escolas fecharam por dois dias, por causa de uma nevasca que bloqueou ruas e as entradas das garagens. Assim que as ruas foram liberadas, meu pai dirigiu 56 quilômetros para desimpedir a entrada da minha garagem. E para coroar esse trabalho de amor, mamãe enviou por meio dele bolinhos cobertos com açúcar e canela.

Pensemos em alguns presentes em forma de tempo ou labor que possamos dar hoje, e que sejam lembrados como um tesouro por alguém, para sempre.

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