Frase da semana:

"Aquele que aprende de Cristo, esvazia-se do próprio eu [...] e há silêncio na alma." (Ellen Gould White)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Meditação Diária: "Memória Celular"

Até a terceira e quarta geração. Êxodo 20:5, NVI

Melissa passou saltitando pela cozinha, com o rabo-de-cavalo a balançar na parte traseira do seu boné. “Simplesmente amo o beisebol!” Pulinhos. Pulinhos. – Meus filhos vão gostar do jogo tanto quanto eu, certo?

– Não é garantido – respondi –, mas, se continuar praticando, você pode passar adiante um pouco de memória celular.

– Vou ter nove filhos; poderemos formar nossa própria equipe –

Ela parou abruptamente. – Memória celular?! – Isso provocou uma discussão acerca de pesquisas recentes, segundo as quais começamos a vida com duas células vivas que já contêm memória celular relacionada com o comportamento e os hábitos do pai e da mãe. Como exemplo pessoal, mencionei que minha mãe havia sido uma dançarina de sapateado e...

– Você nunca me contou isso! – interrompeu Melissa.

– Eu não sabia até pouco antes de ela morrer – respondi. – Era um segredo de família. – O corpo delgado de Melissa se curvou com a forma de um ponto de interrogação. – Desde as minhas lembranças mais antigas – continuei –, toda vez que eu via alguém dançar sapateado, cada célula do meu corpo queria movimentar-se com o ritmo. Não conseguia entender esse impulso; dançar era impensável na nossa família. – Fiz uma pausa, relembrando. Pouco antes do falecimento de minha mãe, ela respondera a um dos meus comentários, dizendo: “Bem, eu dançava sapateado, como você sabe.” Não; eu não sabia! “Na verdade, eu dançava pela casa como exercício, durante pelo menos sete meses da minha gestação, enquanto esperava você.”

– Com essa informação – expliquei a Melissa –, tudo fez sentido. Minhas células do cérebro e do corpo haviam guardado lembranças cinestésicas da dança de sapateado. Consequentemente, eu passava por impulsos inexplicáveis de fazer a mesma coisa.

Silêncio. Então, Melissa disse, devagar: – Puxa! É conveniente, nesse caso, escolher meus comportamentos com cuidado, para o bem dos meus filhos!

Bingo! Em voz alta, eu disse: – Boa decisão, garota. É melhor começar agora mesmo, já que você tem todos os óvulos de que vai precisar na vida, e eles estão armazenando memória celular com cada pensamento, palavra e ato seu. – Mas Melissa já se dirigia ao telefone, para perguntar à sua mãe o que ela costumava fazer durante a gravidez. Ri sozinha. Nove filhos. Ela seria bem capaz disso!

Arlene Taylor

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